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Fevereiro 17, 2021Devido à grande importância deste tema, a RM Trainer decidiu partilhar um artigo do jornal O Expresso, o qual defende que independentemente das vagas e das oscilações na lotação das camas dos hospitais, há um padrão que se mantém inalterado e que salta à vista: a presença sempre constante de doentes obesos entre os casos mais graves.
Em alguns dos principais hospitais do país, 60% a 80% dos internados em estado mais grave têm excesso de peso. Obesidade é dos fatores que mais agrava o risco de morte por covid-19.
Nos principais hospitais do país, a maioria dos doentes com covid-19 internados em unidades de cuidados intensivos tem excesso de peso. No Santa Maria (Lisboa) os obesos constituem cerca de 50% dos casos críticos, enquanto no São João (Porto) chegam aos 60% e no São Francisco Xavier (Lisboa) atingem mesmo os 80%.
“Estes doentes têm pior prognóstico porque existem doenças prévias associadas. As pessoas esquecem-se que a obesidade é, por si só, uma doença”, alerta Luís Bento, diretor de Medicina Intensiva no CHULC.
Um sistema imunitário mais frágil, a existência de disfunções metabólicas associadas muitas vezes à diabetes e a hipertensão, mais prevalente entre os obesos, são as causas que agravam o prognóstico. E o tratamento também está dificultado: estes doentes são mais difíceis de ventilar e de serem posicionados em decúbito ventral (de barriga para baixo).
No Hospital de São José — um dos cinco que integram o CHULC, juntamente com o Curry Cabral, Capuchos, Dona Estefânia, Maternidade Alfredo da Costa e Santa Marta — cerca de 80% dos doentes com excesso de peso internados em cuidados intensivos tiveram de ser ventilados mecanicamente e submetidos ao ECMO, o equipamento que substitui o funcionamento dos pulmões e do coração, aplicado apenas aos casos mais críticos; 16,3% acabaram por morrer.
Apesar de a idade média ser de 62,3 anos, chegou a ser internado nos Cuidados Intensivos do São José um jovem obeso de 18. No caso mais grave, o paciente pesava 160 quilos.
Nos Estados Unidos, onde morreram mais de 271 mil pessoas durante a pandemia e onde a obesidade atinge 43% da população, já foram publicados vários estudos que concluem que o risco de morte por covid-19 aumenta à medida que sobe o índice de massa corporal (IMC, indicador que se calcula dividindo o peso pela altura).
Perante estes números, e com a habitual ausência de obesos entre os participantes em ensaios clínicos de novos medicamentos ou terapêuticas, a eficácia dos fármacos e vacinas para a covid-19, atualmente em desenvolvimento, já está a ser questionada nas pessoas com peso muito elevado. Ainda assim, no Reino Unido, onde um em cada oito adultos é considerado obeso mórbido (com IMC superior a 40), as autoridades equacionam a hipótese de ser dada prioridade na vacinação às pessoas com excesso de peso. Em Portugal, o plano de vacinação não o prevê.
Sabendo que este tema da pandemia é pesado e já cansa a grande maioria das pessoas, a RM Trainer não quis, no entanto, deixar de partilhar estes números na tentativa de sensibilizar uma vez mais para a importância do combate à outra pandemia, a da Obesidade!
Sem dúvida que quanto melhor for a nossa condição física mais e melhores armas teremos para combater a doença, seja ela qual for.
Procure um profissional qualificado para o ajudar, trate da sua saúde e fuja destas estatísticas!